A Última Noite deste Mundo. - C. S. Lewis

Postado por Josemar Bessa | 16:01 | 0 comentários | Filed under Marcadores: , , , ,

O REGRESSO DE JESUS À TERRA é considerado pelo apóstolo Paulo a “bendita esperança” dos cristãos.

Numa época em que o pessimismo e o juízo apocalíptico caracterizam a perspectiva dos cientistas numa extensão quase tão grande como a dos teólogos, ousamos afirmar diretamente, baseados na autoridade da Palavra de Deus, que aguardamos novos céus e nova terra enquanto esperamos pelo Senhor da glória.

A doutrina da segunda vinda não tem sentido se, pelo que nos diz respeito, não nos fizer compreender que em qualquer momento do ano se pode aplicar devidamente à nossa vida a pergunta: “Que seria, se fosse esta a última noite do mundo?”

Por vezes, incomoda-nos essa idéia, acompanhada de profundo terror, o qual é incutido em nós por aqueles que nem sempre se aproveitam devidamente dela. Não é justo, creio céu, pois estou longe de aceitar que se pense no temor religioso como algo desumano e degradante, a ponto de se optar por sua exclusão da vida espiritual.

Sabemos que o amor, quando puro, não admite nenhuma espécie de temor. O mesmo já não sucede com a ignorância, o álcool, as paixões, a presunção e até a estupidez. Seria bom que todos alcançássemos aquele amor puro, em que o temor já não existe; mas não convinha que qualquer outro agente inferior pudesse bani-lo, enquanto não conseguíssemos chegar à perfeição.

Quanto a mim, é um caso diferente o argumento que não raro surge de que a idéia da segunda vinda de Cristo pode provocar um terror contínuo nas almas. Decerto não é fácil, pois o temor é uma emoção e, como tal, mesmo fisicamente não pode manter-se por muito tempo. Pela mesma razão, não é fácil admitir uma ânsia contínua de esperança na segunda vinda. O sentimento-crise é essencialmente transitório, já que os sentimentos vêm e vão, e só se pode fazer bom uso deles nesta altura. De forma alguma poderiam constituir o nosso alimento de todos os dias na vida espiritual.

O que importa não é o terror ( ou esperança) que possamos ter em relação ao fim; o que é necessário é não esquece-lo, tendo-o em devida conta. Vejamos um exemplo. Uma pessoa normal em seus setenta anos não vai pensar (muito menos falar ) na morte que se aproxima; mas não procede assim o avisado, o inteligente, embora os anos ainda não lhe pesem. Seria loucura aventurar-se em ideais baseados em esquemas que supõe uns vinte anos de vida; loucura seria não satisfazer a sua vontade. Ora, a morte está para cada indivíduo como a segunda vinda está para a humanidade inteira. Todos acreditamos, suponho, que o homem tem de desprender-se da sua vida individual, lembrando-se de que essa vida é breve, precária e provisória, e não abrindo o coração a nada que possa findar com ela. O que os cristãos de hoje parecem esquecer com facilidade é que a vida de toda a humanidade neste mundo é também breve, precária e provisória.

Qualquer moralista nos dirá que o triunfo pessoal de um atleta ou de uma dançarina é certamente provisório, mas o principal é lembrar que um império ou uma civilização são também transitórios. Sob o aspecto meramente mundano, todos os empreendimentos e triunfos nada significarão quando chegar o fim. De parabéns, os cientistas e os teólogos: a terra não será sempre habitada. E o homem, por mais que viva, não deixa de ser mortal. Há apenas uma diferença: enquanto os cientistas esperam uma desagregação lenta, vinda do interior, nós a temos como uma interrupção rápida vinda do exterior, a qualquer momento. Será então a “última noite deste mundo”.



Os Puritanos e a certeza inabalável do Espírito - J. I. Packer

Postado por Josemar Bessa | 15:59 | 0 comentários | Filed under Marcadores: , , , ,


Algumas vezes, os Puritanos falavam sobre a segurança da salvação como fruto da fé, e, outras vezes, como uma qualidade da fé; falavam sobre a segurança proveniente da fé assim como sobre a fé que cresce mediante a segurança. Para eles, a segurança era a fé amadurecida e bem desenvolvida; poderia haver fé sem segurança, mas onde a segurança fizer-se presente, ela estará presente como um aspecto da fé, organica-mente relacionada a ela, não como algo distinto e separado dela. Assim sendo, precisamos iniciar este estudo revendo aquilo que os Puritanos ensinavam sobre a natureza da fé em geral.

A fé, diziam os Puritanos, começa na mente, com a crença na veracidade da mensagem do evangelho. Resulta da iluminação espiritual. Na iluminação, o Espírito aclara a mente, capacitando o homem a receber as realidades espirituais, e imprime sobre a mente a realidade objetiva daquelas coisas sobre as quais a Palavra de Deus dá testemunho. O conhecimento das realidades espirituais, assim dado, é tão imediato e direto como o é o conhecimento das coisas materiais que obtemos através dos sentidos físicos; tal conhecimento produz uma convicção imediata, análoga àquela que a percepção dos sentidos nos traz. A Bíblia alude ao processo, utilizando termos emprestados dos sentidos — visão, audição, paladar (Jo 6.40; Ef 4.21; Hb 6.5) — e diz-nos que isso produz a "forte convicção do entendimento" (Cl 2.2). Essa apreciação espiritual das coisas espirituais é dada ao homem, como um ser que pensa, por meio da exposição raciocinada das Escrituras e da reflexão racional sobre as mesmas. O homem não pode conhecer qualquer objeto espiritual salvo através do uso de sua mente; mas o conhecimento espiritual vai além da razão. Não se trata de mera conjectura lógica ou imaginativa e certamente também não é uma certeza derivada de alguma inferência, extraída de premissas mais certas; antes, sua certeza origina-se da conscientização imediata e do contato com a realidade conhecida. Não é um instável "conhecimento imaginário e flutuante" de segunda mão. E um conhecimento "real" e "sólido", produto de uma direta percepção, por meio do senso espiritual das coisas conhecidas. A operação divina mediante a qual essa percepção é dada é aquilo que Calvino e seus sucessores chamaram de testimonium internum Spiritus Sancti — testemunho interno do Espírito Santo. Paulo refere-se a isso, em 1 Coríntios 2.4, como a "demonstração do Espírito".

 Goodwin apresentou o assunto desta forma: "O Espírito Santo, quando opera em nós a fé... faz duas coisas: Primeira, Ele... nos dá um novo entendimento... 1 João 5.20... uma nova visão para contemplarmos a Cristo... Segunda, Ele mesmo torna-se uma luz sobre essa nova compreensão", conferindo assim "visão" espiritual acerca das realidades espirituais.1 Esse conhecimento espiritual é, de fato, mais certo do que qualquer outra coisa. Ele pode ser obscurecido pelas tentações; aquele que o possui pode ficar tão fora de contato consigo mesmo por um longo tempo, ou tão confuso e deprimido interiormente que chega a duvidar e a negar o mesmo; mas no fim será um fator predominante, e, a longo prazo, o efeito desses lapsos pode levá-lo a compreender quão inabalável e completamente seu coração está convicto desse conhecimento espiritual. Tal é o conhecimento das coisas divinas, dado a todos os verdadeiros crentes; e é a qualidade da certeza vinculada ao conhecimento que garante que os crentes não se desviem. Esse testemunho do Espírito quanto à verdade objetiva do eangelho é o fator fundamental da fé pessoal, e essa "forte convicção do entendimento" sobre o evangelho, conferida pelo Espírito, é requisito prévio para a segurança pessoal acerca da salvação.

Naturalmente, a fé é mais do que a iluminação mental. Estende-se da cabeça ao coração, expressando-se naquilo que Baxter chamava de "confiança prática" em Deus, por meio de Cristo. O homem volta-se da autoconfiança e do pecado para descansar a sua alma em Cristo e em suas promessas. Por meio disso, tanto exprimiu quanto estabeleceu o hábito da fé em sua alma; e a fé, uma vez estabelecida, impõe-se como a dinâmica de uma nova vida. A fé gera a esperança, atua pelo amor, mantém-se numa firme paciência, manifesta-se em boas obras, faz a alegria e a paz surgirem natural e espontaneamente no coração. "A fé é a roda mestra; ela põe em funcionamento todas as demais graças". "A fé é a mola de relógio que põe em ação todas as rodas douradas do amor, da alegria, do consolo e da paz" . Assim, a fé é reputada como aquilo que contém, dentro de si, uma certa quantidade de segurança, desde o começo; o crente espera, ama, serve e regozija-se porque crê que Deus teve misericórdia dele.

Mas essa ainda não é a segurança "firme e bem fundamentada" que os Puritanos pensavam ser a única segurança digna do nome. Um novo convertido, em casos excepcionais, pode desfrutar de um forte e contínuo senso de segurança; usualmente, porém, tal segurança não é conferida enquanto a fé ainda não for testada e amadurecida, enquanto não for aperfeiçoada e fortalecida, mediante o conflito com as dúvidas e com as flutuações dos sentimentos. Os Puritanos suspeitavam um pouco, quando excessos de alegria acompanhavam a primeira profissão de fé; eles nunca esqueciam que, em uma parábola de Jesus, os ouvintes de solo pedregoso é que recebiam a Palavra com súbita alegria. Convertidos autênticos, sãos e completos, afirmavam eles, geralmente não começam desse modo.


Uma "plena segurança" é uma bênção rara, mesmo entre os crentes adultos na fé; é um grande e precioso privilégio, que não é dado indiscriminadamente. "O senso de segurança é uma misericórdia boa demais para os corações da maioria dos homens... Deus só a confere para seus melhores e mais queridos amigos". "A segurança é a beleza e o ápice da glória cristã nesta vida. Usualmente faz-se acompanhar pela mais forte alegria, pelos consolos mais doces, pela mais intensa paz. É uma coroa... que poucos usam..." "A segurança é carne para os adultos na fé; poucos bebês, se é que há algum, são capazes de recebê-la e digeri-la".

A segurança não é normalmente desfrutada exceto por aqueles que primeiro labutaram e procuraram por ela, tendo servido fiel e pacientemente a Deus, ainda que passando algum tempo sem ela.

A segurança vem como uma recompensa à fé... A fé deve lutar primeiro, realizando uma conquista, e então a segurança é a coroa, o triunfo da fé... e o que prova a fé mais do que as tentações, os temores, as dúvidas e os raciocínios contra a condição da própria pessoa? Essa triunfante segurança, Romanos 8.37,38... vem após um teste, pois ninguém é coroado enquanto não tiver se esforçado.

Segurança desse tipo não é essencial à fé; antes, conforme disse Brooks, deriva-se da fé experiente, e não somente da existência da fé. De fato, trata-se de um aspecto da fé que aparece somente quando a fé já atingiu elevado grau de desenvolvimento, muito além de seu mínimo exercício salvífico. Goodwin falava sobre a segurança como "um ramo e apêndice da fé, uma adição ou complemento da fé" e também como "a fé elevada acima de seu nível normal". E disse: "As Escrituras referem-se à segurança como algo distinto da fé (embora fundida a esta, pois ambas formam uma só coisa)". Esse era o conceito geral da segurança de salvação, por parte dos Puritanos.

É evidente que, para os Puritanos, a "segurança de salvação" era algo muito diverso daquela "segurança" geralmente dada aos convertidos, durante o diálogo de cinco minutos, no gabinete pastoral ("Você crê que João 1.12 diz a verdade e que você recebeu a Cristo? Então você é um filho de Deus"). Os Puritanos jamais teriam chamado de segurança a uma afirmação desse tipo. Profissões de fé, diziam eles, precisam ser submetidas a teste antes de serem acreditadas, até mesmo por aqueles que as fazem. Pois, de qualquer forma, para o Puritano, a segurança era mais do que uma simples inferência humana; antes, era a convicção, outorgada por Deus, de que um crente está firmado na graça, uma convicção selada pelo Espírito em sua mente e coração, tal como a verdade dos fatos do evangelho foi selada sobre a sua mente quando nasceu a fé, trazendo consigo a mesma certeza imediata. Explicou Brooks: "A segurança é o ato que reflete de uma alma agraciada, por meio do

qual ela se vê claramente em uma condição graciosa, abençoada e feliz; é um sentimento sensível e um discernimento experimental de que a pessoa está no estado de graça". As palavras-chaves, neste caso, são sensível e experimental. A segurança é o fruto consciente de uma iluminação sobrenatural, não podendo existir enquanto Deus não achar por bem proporcioná-la. A posição de um recém-convertido é, realmente, esta: à medida em que ele crê e obedece, irá experimentando novas medidas de paz e alegria, pois a verdadeira confiança produz verdadeiro consolo ("ninguém pode contemplar a Cristo sem sair dali mais animado"; "há uma voz do Espírito de Deus que sussurra paz para o seu povo, quando eles crêem"). O crente pode pensar e esperar, com razão, que ele é filho de Deus. Mas não pode dizer, no mesmo sentido absoluto da primeira epístola de João, que ele reconhece a sua filiação enquanto o Espírito não implanta essa certeza no fundo de seu coração. De qualquer modo, enquanto o Espírito assim não o fizer, no sentido dado pelos Puritanos, faltará esse senso de segurança; e, no dizer dos Puritanos, assim parece acontecer com a maioria dos crentes.

Quando raia essa segurança sobrenatural, ela transforma toda a vida cristã de uma pessoa. "Trata-se de uma nova conversão", disse Goodwin. "Isso faz um homem diferir de si mesmo quanto àquele que ele era antes, quase da mesma maneira como a conversão fê-lo diferir de quando ele ainda não era convertido. Há uma nova edição de todas as graças". Isso soa estranho, mas Goodwin queria dizer o que disse e passou a elaborar a idéia. Ele nos diz que o senso de segurança aumenta a fé (a fé "recebe um outro nível"); e esse revigoramento da fé resulta em uma nova liberação de poder, em cada ponto da vida cristã de uma pessoa.

Primeiro, a segurança aprofunda a comunhão do crente com o Deus triúno, quando ele medita sobre o "plano" do amor remidor.

Na segurança... a comunhão e o diálogo de um crente é... algumas vezes com o Pai, outras com o Filho, e outras com o Espírito Santo; algumas vezes o seu coração é impelido a considerar o amor do Pai em escolher, então o amor do Filho em redimir, e, por fim, o amor do Espírito Santo, que perscruta as coisas profundas de Deus, revela-as a nós, e mostra grande cuidado por nós...

Mas isso não é tudo. O aparecimento do senso de segurança reaviva o entendimento espiritual; por meio do senso de segurança "é fortalecido o olho da alma, para que veja mais profundamente as verdades; todas as verdades passam a ser mais claramente conhecidas". Isso faz um homem tornar-se ousado e poderoso em oração. Fá-lo tornar-se mais santo, embora já o fosse antes; "toda legítima segurança de salvação... santifica o homem"; "coisa alguma faz o coração do crente amar, estudar, praticar e crescer tanto na santidade quanto esse glorioso testemunho do Espírito.
J. I. Packer



A universalidade do pecado original – Thomas Watson (1620-1686)

Postado por Josemar Bessa | 15:55 | 1 comentários | Filed under Marcadores: , , , ,


Como um veneno, ele tem se espalhado por todas as partes e todas as potencialidades da alma: "Toda a cabeça está doente, e todo o coração, enfermo" (Is 1.5). Como um paciente doente, que não tem nada sadio: seu fígado está inchado, seus pés estão gangrenados, seus pulmões estão deteriorados. Assim está nosso espírito, tão infectado e tão gangrenado, até que Cristo, que fez um remédio com seu sangue, nos cure.

i. O pecado original perverteu o intelecto. Como na criação, "havia trevas sobre a face do abismo" (Gn 1.2), o mesmo sucede com o entendimento: a escuridão está sobre a face desse abismo. Assim como há sal em cada gota d'água do oceano, amargor em cada galho do absinto, assim há pecado em toda faculdade humana. A mente está escurecida, por isso sabemos pouco de Deus. Desde que Adão comeu da árvore do conhecimento e seus olhos foram abertos, perdemos nossa faculdade de ver. Além da ignorância da mente, há erro e engano; não fazemos um julgamento honesto das coisas, trocamos o amargo pelo doce, e vice-versa (Is 5.20). Mais ainda, há muito orgulho, arrogância e preconceito, além de muito raciocínio carnal: "Até quando hospedarás contigo os teus maus pensamentos?" (Jr 4.14).

ii. O pecado original corrompeu o coração. O coração é extremamente perverso (Jr 17.9). E um pequeno inferno. No coração há legiões de concupiscências, de obstinação, de infidelidade, de hipocrisia e de comoções pecaminosas que, à semelhança do mar, agitam-se com ira e com vingança: "o coração dos homens está cheio de maldade, nele há desvarios enquanto vivem" (Ec 9.3). O coração é a oficina do diabo, em que toda a maldade é planejada.

iii. O pecado original corrompeu a vontade. A desobediência é o trono da rebelião. O pecador contraria a vontade de Deus para cumprir a sua própria. "Queimaremos incenso à Rainha dos Céus" (Jr 44.17). Há, na vontade, uma inimizade enraizada contra a santidade; é como um tendão de aço que recusa se dobrar diante de Deus. Onde está, então, a liberdade da vontade, pois está cheia não somente de indisposição, mas de oposição ao que é espiritual?

iv. O pecado original corrompeu os afetos. Estes, como as cordas de uma harpa, estão desafinados. Eles são as pequenas engrenagens, levadas com força pela vontade, a engrenagem principal. Nossos afetos se estabelecem sobre alicerces errados. Nosso amor está alicerçado sobre o pecado, nossa alegria sobre a criatura. Nossos afetos são tão naturais como o apetite de um homem doente, que deseja coisas que lhe são prejudiciais e nocivas; febril, ele pede vinho. Temos luxúria em lugar de santos anseios.

A aderência do pecado original

Ele adere em nós como o negror à pele do etíope, de tal modo que não podemos nos livrar dele. Paulo pôde sacudir a víbora de sua mão, mas não foi capaz de se livrar dessa corrupção engendrada. Pode ser comparada à figueira brava crescendo pela parede, que mesmo com as raízes arrancadas ainda brota pelas pequenas fibras nas juntas dos tijolos e que não sumirá até a parede ser destroçada. A concupiscência original não é como um convidado que passa a noite, mas um morador: "o pecado que habita em mim" (Rm 7.17).

O pecado é "um espírito maligno" que nos persegue aonde quer que vamos: "os cananeus persistiam em habitar nessa terra" (Js 17.12).
O pecado original põe obstáculo à adoração

O pecado nos atrasa e atrapalha no exercício da adoração a Deus. De onde vêm toda essa apatia e falta de vida na religião? E o fruto do pecado original. Isso é o que nos faz adormecer nos deveres: "Porque não faço o bem que prefiro" (Rm 7.19). O pecado é comparado a um peso (Hb 12.1). Um homem que tem pesos amarrados às suas pernas não pode correr rapidamente. É como aquele peixe, de que Plínio fala, uma lampreia marítima, que se gruda à quilha do navio e atrapalha seu deslocamento ao navegar.

O pecado original mostra sua força repentinamente

Embora esteja latente na alma, o pecado original é como uma fonte subterrânea, que sempre explode inesperadamente. Cristão, creia que o mal que está no teu coração pode romper repentinamente, caso Deus permita. Veja o caso de Hazael, que disse: "Pois que é teu servo, este cão, para fazer tão grandes coisas?" (2Rs 8.13), ele não podia acreditar que tinha tal raiz de amargura em seu coração, tanto que seria capaz de rasgar o ventre de mulheres grávidas. É teu servo um cão? Sim, e ainda pior que um cão, quando a corrupção original dentro de nós é provocada. Se alguém tivesse dito a Pedro: "Pedro, dentro de algumas horas você vai negar Cristo", ele teria dito: "É teu servo um cão?" Porém, que impressionante. Pedro não conhecia o próprio coração, nem por quanto tempo aquela depravação prevaleceria sobre ele. O mar pode estar calmo e até parecer límpido, mas quando o vento sopra, ele esbraveja e espuma. Assim é o teu coração, embora agora ele pareça bom, quando a tentação sopra, como o pecado original se revela, ele te faz espumar com concupiscência e com cólera. Quem pensaria encontrar adultério em Davi, bebedeira em Noé e blasfêmia em Jó? Se Deus deixasse o homem por si mesmo, quão rápido e escandalosamente o pecado original romperia nos homens mais santos da terra.





A Sabedoria humana exalta o homem - Josemar Bessa

Postado por Josemar Bessa | 15:51 | 0 comentários | Filed under Marcadores: ,

http://www.youtube.com/watch?v=h6jHaSPO-1Qendofvid



Quando o Culto é Abominável - Josemar Bessa

Postado por Josemar Bessa | 15:49 | 0 comentários | Filed under Marcadores: ,

http://www.youtube.com/watch?v=87FRc4yQZxQendofvid



Todo homem é mentiroso - Josemar Bessa 1 de 2

Postado por Josemar Bessa | 15:45 | 0 comentários | Filed under Marcadores: ,

http://www.youtube.com/watch?v=eIJMMzDJuRQendofvid



Todo Homem é Mentiroso - Josemar Bessa - 2 de 2

Postado por Josemar Bessa | 15:41 | 0 comentários | Filed under Marcadores: ,

http://www.youtube.com/watch?v=8KsUE1xldxIendofvid



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